Sunday, August 30, 2009

Ruínas de mim mesma...



Recordo uma vida rabiscada de aventuras e desventuras, os gestos, as alegrias, as loucuras de quem teimava em viver no desafio constante das regras impostas…Reconheço-me na solidão dos segundos que passam para me perder novamente no vazio da vida, onde se dá tudo e nada fica…não consigo entender a razão de uma mentira, a existência do ódio nos sentimentos das pessoas, e muito menos o motivo da vida se entregar à morte…Esforço-me em sorrir para evitar que me descubram, perdida em mil Mundos antagónicos, desfeita na existência da hipocrisia dos humanos…e entregue a pensamentos vários de chuva e vento numa janela sem luar.
Palavras mudas num rasto de sombras, quisera eu voar como uma folha que se desprende e se perde sem nada esperar…
Sigo por entre as brumas e despeço-me de todas as ilusões…do que fui, do que sou, do que nunca cheguei a ser, das inúmeras vezes em que lutei por acreditar num Mundo melhor, dos momentos em que julguei existir lealdade nos abraços dados,... sinceridade fugaz derramada nas palavras proclamadas…Mundo real que se apodera de mim, espelho de inúmeras viagens impacientes, ou passo a vida a fugir deste mundo que não me pertence, ou transformo-me numa grande filha da puta para sobreviver…