Monday, October 24, 2005

ENTRAVES À MARCHA

Num bailado desordenado, murmurando palavras infernais, recordo um pouco mais além...a vida, as pessoas, os acontecimentos, as oportunidades que deixei escapar.
Um senso de urgência agora sem qualquer efeito. Uma angustia despojada de vida, afastada do sol, sobre a bruma de uma prisão.
Conseguirei eu alguma vez, arrematar os fios da solidão?
Destroços da minha vida, enterrados num campo de espadas cor de ferrugem.
Quisera eu não possuir memórias...dor, lamento e desilusão
Trago os pés calejados desta marcha e a garganta perdida num mar de sangue.
Artilharia de tempestades que golpeias o que pouco resta de mim.
Sem rosto e soterrada pelas pedras do silêncio no coração permaneço em mais um labirinto da morte – o da resignação...


Obrigado por tudo Helena Teixeira



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